Ar@quém News - sábado, 14 de setembro de 2013

Breve análise sobre a forma de se fazer política em Coreaú

Os anos se passam e, em Coreaú, as coisas se repetem, infelizmente. Falo da forma de como é feita a política em nosso município. Percebe-se que os políticos da região não levam a sério essa importante ferramenta que, bem utilizada, produz bons frutos à sociedade, gerando-a o seu desenvolvimento em todos os aspectos. Tais políticos, erroneamente, governam na maioria das vezes apenas pensando no bem de si ou, então, de uma minoria, deixando de lado o restante dos munícipes.

Apesar de querer fazer uma análise abrangente a respeito do assunto, darei mais importância às promessas feitas pelos candidatos, sejam do Legislativo ou do Executivo, às pessoas que moram nas localidades carentes e distantes da sede que, inquestionavelmente, são as mais esquecidas pelo poder municipal.

Antes de proceder, pergunto: quantos prefeitos ou vereadores coreauenses, até hoje, de forma voluntária e desinteressada, visitaram alguma localidade buscando unicamente conhecer a realidade das pessoas que ali residem, para posteriormente tentar solucionar os problemas a fim de diminuir a dor e o sofrimento delas? As localidades que me refiro não são só aquelas maiores como Araquém e Ubaúna, mas sim como Boqueirão, Agrovila, Marfim, Mota, Cunhassu, Francisco Alves (Raposa), etc. Então, você conhece alguém? Se sim, aponte-me.

A cada quatro anos chega o tempo da colheita, os frutos são os votos, e os candidatos vão à luta. De repente e inesperadamente o candidato chega à casa do eleitor, este que muitas vezes recebe com carinho o seu possível representante oferecendo-lhe um cafezinho, noutras vezes, de forma diversa, trata-o com desprezo e maldade jogando-lhe os cachorros em cima ou então trancando a porta de sua residência, certamente com razão. Quando ambos são dotados de um relacionamento amigável, o candidato fica tão feliz com a situação de “amizade” (possível voto) e com a degustação do saboroso café, que oferece dinheiro para o eleitor poder comprá-lo novamente. O que quero explicitar é o famoso dinheiro para o “cafezinho”, para os mais chegados falo, a compra e venda de votos, tão comum em nosso município. Mas há quem rejeite o tal dinheiro? Se você permanecesse quatro anos sendo esquecido, tivesse condições financeiras mínimas, passasse o dia trabalhando sob um sol árduo e escaldante para garantir o sustento da família, chegasse o tempo de votar e finalmente voltasse a ser lembrado e visse nas mãos de um político corrupto certa quantia em dinheiro (que pode ser roubado de você mesmo) você rejeitaria? Se sim, considere-se um herói ou uma heroína.

Continuando o assunto, quando tais candidatos fazem comícios, enviam carros a todas as localidades, mesmo que sejam longe e pequenas, pois quanto mais pessoas para os aplaudirem é melhor. Lá, lançam suas propostas e, na maioria das vezes, reservam um tempinho para falar mal dos concorrentes. Atitude deplorável, sem falar nas propagandas feitas nos carros e motos de som. No evento, dizem que se eleito forem governaram em prol do bem estar de todo o município, farão obras das mais variadas e na maioria das localidades, lutarão por uma educação e saúde de qualidade, etc. São cumpridas? Visite os distritos, as comunidades e a própria sede do município e veja se a maioria das propostas é cumprida. Por que não é? Se não é efetivada, para onde vai o dinheiro que é encaminhado ao município e o que é recebido por este com os impostos municipais? Você pensa que eles (políticos) iriam tirar do próprio bolso o dinheiro entregue ao eleitor para que este compre o seu “cafezinho”? Não seja ingênuo.

Concluído esta pequena análise, aponto que os candidatos ao serem eleitos cumpram o que prometem e, além disso, visitem periodicamente as localidades pequenas e distantes. Assim, poderão conhecer a realidade do povo, como também sua necessidade e aspiração, tentando, posteriormente, suprimi-la ou efetivá-la. De quebra, ainda não precisarão comprar votos, visto que uma população que tem suas necessidades satisfeitas não precisa de dinheiro para ser convencida a votar, pois a eficiência de seus governantes por si só já será motivo suficiente. Esse é o verdadeiro modo de se fazer politica e não como tem sido feito até os dias de hoje.

Por Hélio Costa

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